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Tinha 88 anos e estava doente – a última hospitalização devera-se a problemas nos intestinos. Mas, descreve o jornal espanhol “El País”, “tinha começado a morrer muito antes; há três anos faleceu a sua mulher, Luz, com que viveu toda a vida, na liberdade e no desterro”.
Benedetti dizia que o prémio mais importante era ter leitores, conta o diário “El Mundo”. Mas o uruguaio foi reconhecido com vários, incluindo o Rainha Sofia de Poesia Ibero-americana, em 1999, em Espanha, ou o Iberoamericano José Martí, em 2001.
O romance que o tornou conhecido em todo o mundo, "A Trégua", foi publicado em 1960, mas só em 2007 seria traduzido para português, pela Cavalo de Ferro. Soma mais de uma centena de edições em 19 línguas e foi adaptado ao cinema, televisão, teatro e rádio. É uma história de amor: um homem que ao chegar à reforma descobre um amor louco com uma mulher com metade da sua idade.
Mario Benedetti nasceu no Uruguai em 1920. Começaria a publicar 29 anos depois e a sua obra é uma das mais importantes da literatura sul-americana.
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